Apesar de não ser considerado feriado nacional, o Dia da Consciência Negra é
dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e
a data foi escolhida por um motivo especial. Desde o ano de 2003, o
projeto de lei número 10.639 foi aprovado e o dia 20 de novembro foi
definido, pois é o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares,
o grande símbolo da resistência negra contra a escravidão no país.
Junto com a instituição do feriado, a lei tornou obrigatório o ensino
de história e cultura-afro brasileira nas escolas.
Morto em 1965, Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares,
localizado em Alagoas, considerado o maior quilombo do Brasil, que
chegou a contar com uma população de 20 mil escravos foragidos das
fazendas e dos engenhos e teve duração de décadas. A liderança de
quase cem anos de Zumbi foi histórica não só no Brasil, mas nas
Américas. Palmares e Zumbi não são símbolos frabricados, são figuras
centrais da nossa história. Ele é um herói nacional e sacrificou sua
vida pela liberdade. Embora o conceito seja ensinado nas escolas, ainda há os que não sabem, de fato, qual a importância da data para o país.
O dia da consciência negra surgiu para lembrar o
quanto os negros sofreram, desde a colonização do Brasil, suas lutas,
suas conquistas. Mas também serve para homenagear àqueles que lutaram
pelos direitos da raça e seus principais feitos. Na data são realizados congressos e reuniões
discutindo-se a história de preconceito racial que sofreram, a
inferioridade da classe no meio social, as dificuldades encontradas no
mercado de trabalho, a marginalização e discriminação, tratando-se
também de temas como beleza negra, moda, conquistas, etc.
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